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segunda-feira, 22 de março de 2010

Divas Contemporâneas


O cinema e a indústria do entretenimento são os grandes responsáveis pela propagação das divas: ícones femininos de beleza, talento, sucesso profissional e sex appeal. Mulheres de amplo reconhecimento são tomadas como exemplos pela sociedade, tornando-se marcos, ditando tendências de lifestyle e comportamento. Estas belas mulheres foram, são e serão referências de época, e é natural que cada período tenha as suas divas, com características próprias, contemporâneas, que fazem parte de um rito, até que se tornem mitos, de apelo universal.

Quem seriam então as divas da atualidade e o que as torna tão especiais? Uma destas perguntas é relativamente fácil de responder. É provável que, se um grupo de pessoas de diferentes nacionalidades se reunisse para discutir o assunto muitas das respostas para quem são elas coincidiriam. São estrelas em evidência, de conhecimento da maioria, independente do interesse específico em cinema, pois ao acenarem com sucesso na indústria do cinema, passam a estampar revistas, marcam presença nos programas de televisão e até mesmo nos noticiários.

Durante as premiações, acompanhamos os passos das belas damas de Hollywood – e de outras partes do mundo –, esperamos que subam ao palco, desfilem as melhores grifes e jóias. Olhamos atentos, aficcionados, enquanto se expressam, sorriem e se emocionam, de forma graciosa, perfeita. Inconscientemente, torcemos por elas, queremos que sejam premiadas, recebam um título, uma prova de merecimento. Cada prêmio para estas mulheres é uma garantia para os espectadores, e para toda a sociedade, de que trilhamos o caminho certo, admiramos alguém de valor.

E não são poucas as beldades merecedoras do nosso reconhecimento. Confira na galeria abaixo algumas das estrelas mais admiradas da atualidade, e alguns de seus feitos notáveis.





Saiba quem são as divas do cinema moderno e o que as torna tão especiais




Jessica Rabbit – A mulher fatal de Uma Cilada para Roger Rabbit (1988) entrou para a história do cinema como a mais perfeita diva animada, desbancando a obsoleta Betty Boop (que no mesmo filme aparece a dialogar com Jessica, já ressentida por perder o posto) e mesmo a versão animada de Kim Basinger em Mundo Proibido (1992). Uma homenagem às grandes divas de outrora, ela mescla qualidades das mulheres glamourosas e misteriosas do cinema noir, como Verônica Lake e Rita Hayworth. Sua frase mais marcante? “Eu não sou uma mulher má, apenas fui desenhada assim!”




Kirsten Dunst – A atriz norte Americana viu sua carreira decolar ainda adolescente ao contracenar com Tom Cruise e Brad Pitt em Entrevista com o Vampiro (1994). Caiu nas graças de Sofia Copolla em sua estréia como diretora, As Virgens Suicidas (1999) e no fashioníssimo Maria Antonieta (2006). Foi indicada ao Globo de Ouro (Entrevista com o Vampiro) e ao prêmio em Cannes (Maria Antonieta). Tornou-se a namoradinha do Homem-Aranha, na cine série blockbuster e desde então é uma diva com apelo juvenil, vencendo três MTV Movie Awards.



Scarlet Johanson – Jovem atriz norte americana que viu sua carreira decolar em 2003 ao ser dirigida pela cineasta it Sofia Coppola em Encontros e Desencontros, ao lado do veterano Bill Murray. No ano seguinte faturou o BAFTA e foi indicada ao Globo de Ouro por Moça com o Brinco de Pérola. Caiu nas graças de grandes diretores como Woody Allen (Match Point, Scoop e Vicky Cristina Barcelona) e Brian de Palma (Dália Negra) e Christopher Nolan (O Grande Truque). Desde então tornou-se ela própria it girl, estrelando grandes produções, somando 27 produções ao currículo e lançando dois álbuns como cantora. Foi eleita a mulher mais sexy do mundo em 2006 pela revista Esquire. Posou para anúncios da Dior e outras grifes famosas.



Natalie Portman – Atriz norte americana de origem israelense. Iniciou sua carreira aos doze anos dirigida pelo cineasta francês Luc Besson, em O Profissional (1994). Desde então, atuou em grande diversidade de filmes e gêneros, desde a nova trilogia Star Wars, a produções de Woody Allen (Todos Dizem Eu Te Amo), dos Irmãos Wachowski (V de Vingança), Milos Forman (Os Fantasmas de Goya), do cineasta chinês Wong Kar Wai (My Blueberry Nights), somando 25 produções ao currículo. Foi indicada ao Oscar e ao BAFTA e recebeu um Globo de Ouro por Closer – Perto Demais (2004).



Naomi Watts – Atriz australiana de origem gaulesa, caiu nas graças de David Linch no premiado Mullholand Drive (2001), passando pelo badalado 21 Gramas (Alejandro González Iñárritu), até se tornar a mocinha em perigo da refilmagem de King Kong (2005), por Peter Jackson. Desde então somou quase 40 filmes ao seu currículo e se tornou uma atriz de fôlego, encarando papéis difíceis. Indicada a diversas premiações ao redor do mundo, ainda não recebeu a honra de uma estatueta do Oscar.



Marion Cotillard – Jovem atriz francesa que ganhou fama na celebrada cinebiografia de Edith Piaf (2007), que lhe rendeu um Oscar, um Globo de Ouro e um BAFTA. Desde então caiu nas graças de grandes diretores e contracena com atores de renome em Hollywood. Recentemente atuou no musical Nine e tem projetos anunciados com Woody Allen e Christopher Nolan. É garota propaganda da Dior na campanha noir Lady Dior.



Audrey Tatou – Jovem atriz francesa mundialmente conhecida por O Fabuloso Destino de Amelie Poulin, possivelmente o filme francês mais popular no Brasil, parece ter se livrado de ficar marcada para sempre como Amelie ao entregar outra atuação digna de notoriedade, a estilista Chanel, na cine biografia Coco Avant Chanel. Precisa dizer mais?



Monica Belucci – Atriz italiana com maior fama internacional atualmente. Foi eternizada pelo cineasta Giuseppe Tornatore em Malèna (2000), e passou a alternar papéis secundários em Hollywood e protagonizar grandes produções européias. Participou das continuações de Matrix (2003) e interpretou Maria Madalena no polêmico A Paixão de Cristo (2004), dirigido por Mel Gibson. Casada com o ator francês Vincent Cassel, protagonizou outro filme polêmico ao seu lado, Irreversível (2002), no qual protagoniza uma das cenas mais violentas e realistas de um estupro no cinema. É considerada uma das mulheres mais sexies do cinema atual.



Umma Thurman – A atriz norte americana Uma Thurman tornou-se célebre ao ser dirigida por Quentin Tarantino em Pulp Fiction (1994), papel que lhe rendeu diversas indicações a prêmios como o Oscar, o BAFTA e o Globo de Ouro, e mais tarde na saga Kill Bill – Volumes I e II (2003/04). Embora tenha quase 40 produções em seu repertório, tornou-se ícone jovem, com uma imagem cult por estes personagens marcantes, mas por enquanto só detém prêmios menores, como o MTV Movie Awards. Já foi garota propaganda de diversas grifes famosas.



Penélope Cruz – Atriz de origem hispânica. Atual queridinha de Pedro Almodóvar e ex-namorada do galã Tom Cruise e atual de Javier Bardem. Eleita a mulher mais bem vestida do Oscar na última década. Vencedora do Osca de melhor atriz por Vicky Cristina Barcelona (2009). Diversas indicações ao Globo de Ouro, BAFTA, Cannes e Goya.



Angelina Jolie – Atriz norte americana que, de jovem rebelde e bissexual assumida, foi nomeada embaixadora da boa vontade pela ONU. Casou-se com Brad Pitt, após ter com ele um caso que arruinou seu casamento com Jennifer Aniston – atualmente são o casal ícone da indústria cinematográfica. Juntos adotaram três crianças, uma cambojana, uma etíope e outra vietnamita, e tiveram um filho biológico. Mudaram-se para a França e tiveram mais um casal de gêmeos naturalizados franceses. Desbancou Oprah Winfrey como a Celebridade Mais Poderosa do Mundo em 2009, eleita pela revista Forbes. É dona de um Oscar (Garota Interrompida, 2000), três Globo de Ouro (Garota Interrompida, Gia, Geoge Wallace).



Nicole Kidman – Beldade de origem australiana. Ex senhora Cruise, com quem foi casada por onze anos (durante esse período foram considerados o casal ícone de Hollywood e adotaram duas crianças). Prestou homenagem às divas, incluindo Marilyn Monroe, no musical Moulin Rouge, e sofreu o pão que Lars Von Trier amassou em Dogville. Bombou o suspense espanhol Os Outros (2001) e polemizou em Revelação (Birth, 2004) Dona de uma estrela na calçada da fama e detentora de um Oscar (As Horas), três Globos de Ouro (Um Sonho Sem Limite, 1995; Moulin Rouge, 2001; As Horas, 2002) e um Urso de Prata (As Horas).

sábado, 26 de dezembro de 2009

A Pele



CRÍTICA - A PELE - Diane Arbus (1923-1971) foi uma das mais importantes fotógrafas americanas. Retratista, tinha como alvo, o que a sociedade considerava fora dos padrões estéticos. Seus protagonistas viviam no gueto, á margem, e a preocupação de Diane era justamente retratar o que havia por trás da máscara que a pessoa ostentava. Suas dores, angústias e frustrações.

Antes de romper com as obrigações domesticas, era ajudante do marido, este sim um fotografo, de anúncios publicitários. Era uma espécie de assistente de produção e responsável pelo figurino que as modelos usavam nas fotos. Mãe de duas garotas e entediada com seu casamento (mulheres entediadas sempre rendem bons argumentos) decide começar a fotografar o misterioso vizinho do andar de cima.

Logo no inicio do filme o diretor Steven Shainberg (Secretária – 2003) avisa que se trata de uma história fictícia criada a partir da biografia da artista, escrita por Patrícia Bosworth. Tal informação o livra das cobranças de fazer um retrato fiel de Diane. Porém sua fantasiosa versão para o mundo da fotografa não agradou a crítica americana.

Creio que se você embarcar na história, poderá usufruir de um filme instigante, no meio de tanta obviedade nos cinemas. A Pele (Fur – 2006) é uma tentativa de sair da rotina, assim como sua protagonista.

Ao se envolver com o vizinho Lionel (Robert Downey Jr) que sofre de uma doença rara, que o faz ter pêlos por todo o corpo, Diane começa a ver beleza, onde normalmente não se veria. O contato dos dois, lembra o mesmo argumento do filme da Disney, A Bela e Fera. Só que o foco aqui é outro. Por trás daquele monte de pêlo, Diane ira descobrir (pasmem) uma pessoa. Não há feitiço, apenas uma doença que serve como metáfora para todos os pré-conceitos e estigmas que há na civilização.

Ver Diane tentando introduzir o amigo em seu ambiente familiar, mostra o quão a artista ficou seduzida pelo diferente. Acostumada á beleza óbvia das fotografias do marido, Diane vai para o outro extremo e procura o conceito de beleza, em lugares onde teoricamente não há o conceito do belo.

O filme é isso, uma viagem particular do diretor pelo universo – digamos – caótico de Diane. Há beleza no filme de Shainberg, em partes pela própria Nicole Kidman ou nas metáforas construídas no filme. É para ser “lido” nas entrelinhas. O fato do marido, deixar a barba crescer, para competir com o vizinho peludo, mostra a tentativa de salvar o casamento que se abalará com a ausência da mulher. Esta é apenas uma das sutilezas contidas no filme. Arrisque-se!

Ficha Técnica
título original:An Imaginary Portrait of Diane Arbus
gênero:Drama
duração:02 hs 00 min
ano de lançamento:2006
site oficial:http://www.furmovie.com/
estúdio:River Road Films / Iron Films LLC / Furtherfilm LLC / Edward R. Pressman Film Corporation / Vox3 Films
distribuidora:Picturehouse Entertainment / PlayArte
direção: Steven Shainberg
roteiro:A Biography", de Patricia Bosworth
produção:Laura Bickford, Patricia Bosworth, Andrew Fierberg, William Pohlad e Bonnie Timmermann
música:Carter Burwell
fotografia:Bill Pope
direção de arte:Nick Ralbovsky
figurino:Mark Bridges
edição:Kristina Boden e Keiko Deguchi
efeitos especiais:LOOK! Effects Inc.

Curiosidades
- Os direitos de adaptação do livro de Patricia Bosworth para o cinema foram adquiridos em 1984 pela MGM. Na época o estúdio pretendia que Diane Keaton fosse a protagonista. - Foi apenas em 1997 que os direitos foram adquiridos pelos produtores Edward R. Pressman e Bonnie Timmermann. - O diretor Steven Shainberg e o roteirista Erin Cressida Wilson decidiram por não fazer uma cinebiografia convencional. Ao invés disto criaram uma Diane Arbus que tinha elementos de sua vida real, mas também fantasia relacionada ao seu trabalho artístico. - Inicialmente seria Samantha Morton a intérprete de Diane Arbus. - O orçamento de A Pele foi de US$ 16,8 milhões.