domingo, 18 de outubro de 2009

Filme de Woody Allen no Brasil torna-se centro de debate sobre co-produções




Filme de Woody Allen no Brasil torna-se centro de debate sobre co-produções
A possibilidade de Woody Allen filmar no Brasil em 2012 tomou conta do seminário "Destino Brasil", realizado neste sábado (17) como parte das atividades da Mostra Cine BH. O debate colocou em questão o país como cenário para co-produções internacionais, formas de atrair produções estrangeiras para filmarem aqui e o papel das "Film Commissions" nesse processo.

Mediado pelo norte-americano Steve Solot, presidente do Latin American Training Center e da Rio Film Commission, a mesa teve a participação de Sergio Sá Leitão, presidente da RioFilme; Carolina Gontijo, diretora-executiva da Minas Film Commission, e dos produtores Elisa Tolomelli (EH! Filmes, RJ) e Gabriel Lacerda (Gullane Filmes, SP).


Sá Leitão, que assumiu a RioFilme e está à frente de um projeto de reformulação do órgão municipal, falou basicamente sobre a iniciativa de trazer Woody Allen para filmar no Rio de Janeiro e o que há, na verdade, por trás dela. "O filme de Allen é a cereja do bolo", disse ele. "Trata-se de um programa sistêmico e essa é apenas uma iniciativa."


Segundo o presidente da RioFilme, a entidade, que antes funcionava no modelo de distribuidora de filmes, passa a adotar um modelo de empresa investidora em audiovisual com o objetivo declarado de transformar o Rio de Janeiro em um dos principais pólos de produção e co-produção de produtos audiovisuais do país. "O que a gente está fazendo não é apenas cultural", disse ele. " É uma iniciativa econômica apoiada na cultura. A ideia é estabelecer um pólo de criação e difusão cultural no Brasil e América Latina. Queremos maximizar o potencial de geração de renda e empregos."


O filme de Woody Allen faz parte do Rio Global, que integra o programa Rio Audiovisual, parceria entre o prefeitura do Rio e o governo estadual, com participação de entidades como o BNDES. O Rio Global prevê a realização de pelo menos um filme por ano na capital carioca em regime de co-produção. A ideia é investir R$ 3 milhões de reais por ano, ao lonmgo de três anos, em co-produções internacionais.


Sá Leitão contou que o filme de Allen ainda não está fechado. Caso se concretize, será um filme brasileiro, com orçamento de US$ 15 milhões. A participação da RioFilme seria de R$ 3 milhões ou cerca de US$ 1,7 milhão. "O restante do orçamento seria completado com captação de recursos não incentivados", explicou ele. "É o modelo escolhido para este projeto."


O presidente da RioFilme confirmou a realização de"Rio Eu Te Amo", um filme coral, com a participação de vários diretores estrangeiros, para 2010. "Inicialmente, o modelo de negócio escolhido seria uma co-produção internacional com a França", explicou ele. "Mas depois resolvemos assumir o projeto e faremos um filme brasileiro, com a contratação de um produtor-executivo francês."


Outros projetos previstos no programa Rio Global são "Non Stop To Brazil", de Brad Anderson, em co-produção com a Espanha, e "Chasing Bohemia", de Stephen Hopkins ("A Colheita do Mal"). (Alessandro Giannini, de Belo Horizonte)

Um comentário:

Bruno disse...

adorei seu BLOG