Três prismas de 56 metros, com estrutura tubular de aço revestida por chapas metálicas perfuradas, apontando para diferentes direções, compõem o monumento da praça Latif Sebba, novo marco urbano de Goiânia (GO).
O local, conhecido popularmente como Praça do Ratinho, nasceu de um projeto do arquiteto goiano Marco Antônio Amaral composto pelo monumento e uma passagem de nível para melhoria de tráfego, o viaduto do Ratinho, concluídos no final de 2007.
O monumento é uma referência aos primórdios da urbanização da cidade e suas pontas estão direcionadas para Leste, Oeste e Sul, as direções nas quais cresceu e cresce Goiânia.
A escolha do aço possibilitou efeitos distintos, de acordo com o período do dia. Com sol, as chapas refletem a claridade. À noite, doze refletores internos iluminam os prismas, chamando ainda mais a atenção com o efeito das chapas perfuradas e com a luz de outros oito refletores externos.
As torres, ou prismas por seu formato triangular e pontiagudo, pesam cerca de 20 toneladas e se apóiam uma na outra, em interseção, para garantir estabilidade. Cada base recebeu 18 parafusos de reforço, com uma polegada cada um.
Referência histórica
A referência histórica que inspirou Amaral vem do projeto urbanístico de Goiânia, desenvolvido pelo arquiteto Atílio Correia Lima (Itália, 1901 - Brasil, 1943) em 1933.
Segundo Amaral, Lima ficou, no local onde está a praça, três marcos de madeira, que apontavam para as mesmas direções que os prismas e serviram de referência ao traçado dos bairros da cidade.
Lima é conhecido pelo plano piloto de Goiânia, pelo plano diretor de Niterói (RJ) e pelo projeto da cidade de Volta Redonda (RJ). Como paisagista, é considerado um dos pioneiros em integrar plantas tropicais a projetos de jardins no Brasil.
Goiânia não foi concluída seguindo à risca o projeto original de Lima. O arquiteto Armando de Godói assumiu o projeto em 1936, reelaborando diversas propostas e redefinindo a cidade, que foi inaugurada oficialmente em 1942.
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