domingo, 13 de janeiro de 2002

Björk em carreira solo


Björk em carreira solo


Björk pisou fundo na eletrônica no ano seguinte e fez Telegram (1997) um disco absolutamente novo. O projeto inicial era refazer algumas canções de Post, regravando a voz e alguns instrumentos, sob a batuta da dupla de produtores Dilinja and Dobie, ainda contando com a ajuda do mesmo Brodsky Quartet das gravações originais de dois anos antes. Uma carta-bomba enviada para sua residência quase parou a carreira de Bjork, mas ela continuou trabalhando durante o ano de 1997.

Em setembro lançaria mais um disco, este de material inédito, Homogenic. O álbum refletia suas experiências nos doze meses anteriores. A menina agora era uma mulher, mais velha, mais madura, mais sábia. E com mais raiva de algumas coisas.

A música ia pelo mesmo caminho mais escuro, deixando as melodias ensolaradas do passado para trás. Composições como "Hunter ", "Jóga ", "Pluto" e a maravilhosa "Five Years" mostram tal amadurecimento, inclusive nas habilidades maiores de Bjork, a composição e o canto, acrescentando a função de produtora. Muitos remixes foram feitos mas, em termos de material inédito, "Homogenic" foi seu último disco até a virada do milênio.

Ela surgiria novamente em 2000, estrelando um musical. A tara de Bjork por musicais nunca foi segredo, mas sua presença em Dançando no Escuro, do dinamarquês Lars Von Trier, confirma a queda da moça por esquisitices. Egresso do movimento cultural Dogma 95, Von Trier fez uma espécie de anti-musical, ao retratar as agruras de uma imigrante tcheca com cegueira progressiva nos cafundós operários dos Estados Unidos. A atuação de Björk valeu a Palma de Ouro no Festival de Cannes, algo inimaginável até então, pois esta era sua primeira atuação como atriz.

A trilha do musical, chamada Selmasongs (2000), foi aclamada como um triunfo por transportar o clima do filme para o terreno da música. Em meio a cordas, metais, beats caóticos e vocais celestiais, a trilha ainda contava com a participação de Thom Yorke e revelou uma belíssima faixa em "I've Seen It All" que chegou a ser indicada ao Oscar como Melhor canção Original (2001).

Um ano depois, aqui temos novamente Björk lançando um novo disco. Vespertine sugere um retorno ao passado e, por tabela, à alegria. Só que vistas por alguém que já não é a mesma pessoa. Evolução e recordação se confrontam em meio aos elementos da estética bjorkiana, ou seja, cordas, batidas eletrônicas cortantes, instrumentos acústicos inesperados e os vocais ora rasgados, ora sussurrados. Músicas como "Pagan Poetry"e "Hidden Place" dão o tom do disco.

No período compreendido entre 2002 e 2003, Björk dedicou-se as recompilações para comemorar seus 10 anos de carreira solo.

Em 2002 ela lançou uma coletânea de suas melhores canções chamada Greatest Hits, cujo repertório foi escolhido pelos fãs em uma votação no seu site oficial e lança também um box intitulado Family tree com 6 CDs que mostra a sua evolução musical até os dias de hoje.

Em 2003, atendendo ao pedido dos fãs Björk edita o Live Box. São 4 CDs e um DVD com suas melhores canções ao vivo realizadas em diversos países e na televisão.

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