quarta-feira, 11 de junho de 2008

Palácio das Esmeraldas - Goiânia - Goiás



Tombado pelo Estado e pelo Município, o Palácio das Esmeraldas é o mais significativo bem cultural da cidade. Logo depois de lançar a pedra fundamental de Goiânia, em outubro de 1933, o interventor Pedro Ludovico Teixeira autorizou a construção do prédio. A nova capital estava nascendo ali. O projeto, de Atílio Corrêa Lima, começou a ser executado pela firma P. Antunes e Cia., e transferido em 1935 para a empresa dos irmãos Jeronymo e Abelardo Coimbra Bueno. A construção foi finalizada somente em março de 1937.

São 71 anos de história. De 1937 até os dias atuais, nenhum governante deixou de ocupar suas dependências. O Palácio das Esmeraldas tornou-se o principal cenário dos acontecimentos políticos, por ser a sede dos despachos oficiais e dos eventos sociais e ainda por servir de residência ao governador do Estado e à primeira-dama.

Da primeira e glamourosa festa realizada no salão nobre, no último dia de julho de 1937, muitas outras se seguiram. Bailes, saraus, visitas de pessoas importantes, velórios, decisões políticas, momentos de tensão. São muitos os fatos que fazem parte da memória histórica do Palácio das Esmeraldas.



A HISTÓRIA EM CADA DETALHE

Há muito o que ver no Palácio das Esmeraldas. O projeto arquitetônico do prédio de três pavimentos recebeu influências dos estilos art déco e art nouveau. Sua área externa foi revestida por uma massa colorida, preparada com pó de pedra verde e material fosforescente. Mais tarde foi substituído pelo fugê, com pequenos pedaços de garrafa verde. O jardim interno tem inspiração no Renascentismo italiano, um glamour que se completa com o mármore de Carrara em alguns aposentos.

A história está impressa nos vidros jateados nas portas, representando cenas regionais, com figuras de índios, bandeirantes, motivos da flora e da fauna e da produção agropecuária. Cenas históricas também são encontradas nos bem preservados vitrais executados por Conrado Sorgenitch, o mais importante profissional do gênero no País no período.

O primeiro pavimento, onde estão o salão nobre e o gabinete do governador, é o mais visitado. Adriano Rocha de Paula, da assessoria de Relações Públicas do Palácio, conta que é comum estudantes passarem pelo prédio durante todo o ano. Em julho, o interesse é de turistas de outros Estados que, de férias em Caldas Novas, pedem para conhecer o prédio-sede do governo estadual.

O salão nobre, que perdeu sua mobília original, guarda móveis em estilo clássico e obras de arte de Antônio Poteiro, Siron Franco, D.J. Oliveira, Juca de Lima e outros. Lá também está a galeria de ex-primeiras-damas. Uma porta dá acesso aos jardins internos, todo geométrico, com duas fontes, e ao pomar, que tem como maior atração as 16 jabuticabeiras plantadas por dona Gercina, a mulher de Pedro Ludovico. Ao lado dos jardins está o cinema.

No segundo pavimento, ainda fechado ao público, a pequena capela impressiona pela delicadeza. Lá está o quadro histórico de Nossa Senhora Auxiliadora, que presidiu todas as cerimônias religiosas da fundação de Goiânia. É nesse andar, reservado à hospedagem de visitas oficiais.A sala de jantar com móveis e cristais de época preservados para despachos solitários. O terceiro pavimento é a residência oficial e, por isso, o público também não tem acesso. Com a transformação do Palácio das Esmeraldas em Palácio Estadual da Cultura, a comunidade poderá conferir como vivem os inquilinos do local.

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